terça-feira, 17 de julho de 2012

Pessoas artificiais


Hoje eu estava pensando sobre isso: somos rodeados de pessoas artificiais, superficiais, com máscaras sociais.
Corpos artificiais, personalidades superficiais, nada em profundidade...
A imagem é algo primordial para essas pessoas. Não sabem sorrir, nem chorar de verdade. Não sabem falar verdades...Não sabem viver!
Tive um professor que uma vez perguntou pra turma: "Quantos anos vocês viveram?!" A pergunta não foi "qual a idade de vocês?" e sim "quantos anos da vida de vocês, vocês realmente viveram?"

Antigamente eu chamava de loucos aqueles que simplesmente eram autênticos, verdadeiros. Quem vivia à sua maneira e não como escravo da moda; quem falava o que pensava, e não engolia sapos...
Hoje eu percebo que ser autêntico é ser verdadeiro e não louco. Ser autêntico é o que nos permite viver. Mas ser autêntico numa sociedade massificadora, que prega que o padrão é o "normal", é como remar contra a maré.
O padrão NUNCA será o normal, porque nenhuma pessoa é igual a outra a ponto de haver um padrão. Isso sim é que é loucura, tratar a todos de forma igual! Assim a riqueza das diferenças entre os seres se perde.

Bem, de uma sociedade que ainda é movida por indústrias que usam a produção em série e em massa como padrão de produção e consumo; que vive num modelo de trabalho e de ensino feito para a Revolução Industrial de 1867. O que poderíamos esperar?
Pessoas eternamente insatisfeitas, consumistas, superficiais, frívolas e infelizes. Uma sociedade depressiva, stressada e bipolar! Com esse modo de vida é fácil adoecer.
Trágico demais?! Não! Real! Só não enxerga quem ainda não se libertou das garras de uma cultura de massificação.

O que você faz hoje que é autêntico?

Você sente que vive, verdadeiramente, seus dias? Ou eles simplesmente passam por você? E passam cada vez mais rápido como se você não tivesse vivido? (não é essa a sensação que temos a cada ano que passa!?)

Você acorda e segue uma rotina de forma mecânica com um robô? Ou você dita as prioridades do seu dias e vive e faz o que julga importante?! Vive de acordo com seus valores. Aliás, os valores são teus? Ou foram injetados na sua mente pela mídia, por amigos falsos, por ilusões?
A sociedade nos ensina a pensar quadradinho, a viver de forma robotizada, tratado como máquina, cobrado como máquina, avaliado dentro de padrões? Como se existisse um padrão para a singularidade humana...

A vida NÃO foi feita para ser fácil, o ser humano NÃO foi feito para ser máquina, superficial, artificial.
O que é certo: O que a sociedade dita, ou o que a alma grita?
A tua vida inflama no peito ou a tua chama se apaga a cada dia?

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